quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Luxo no Metrô

Hoje, navegando pelo site da revista Vida Simples, me deparei com uma matéria interessante: o que é o verdadeiro luxo? Mansões, carros, jóias, viagens, itens de grife? Ou talvez sair mais cedo do trabalho, encontrar amigos que não via há muito tempo, almoçar com os pais, não ter hora para acordar... A reportagem explica que o luxo está cada vez mais relativo e pessoal. Concordo com esse conceito de luxo, mas não vejo o mundo moderno acompanhando essa tendência. Porém, não é sobre isso, diretamente, que quero falar, e sim sobre uma experiência realizada pelo jornal The Washington Post a fim de verificar se a beleza e o luxo podem ser percebidos quando fora do seu contexto.

A situação é muito simples: colocaram um dos grandes violinistas da atualidade, Joshua Bell, tocando o seu singelo Stradivarius feito em 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares, numa estação de metrô de Washington na hora do rush matinal, quando as pessoas então indo para o trabalho.

O resultado foi:
  • 45 minutos de música extraordinária;
  • 7 pessoas que, efetivamente, pararam para escutá-lo;
  • 27 pessoas que deram dinheiro para ele;
  • US$ 32,00 em "contribuições";
  • mais de 1.000 pessoas que não pararam, não olharam e nem ouviram; e
  • 1 mulher que o reconheceu.

Well, eu não acho o resultado muito animador. Tampouco, sei avaliar se essa experiência é realmente válida, pois Washington, hora do rush, violino no metrô e música clássica é um golpe baixo nas pessoas e suas vidas aceleradas.

Mas, é impossível não fazer a pergunta: eu teria parado? Eu teria me dado ao luxo de "perder" uns 10 minutos ouvindo aquela música belíssima de um homem que parecia ser mais um dentre vários artistas de rua?

Decidam vocês mesmos vendo o filme feito da experiência.


Um comentário:

Unknown disse...

Oi Bethinha!
Vim fazer meu primeiro post na minha já segunda visita.

Duas coisas:

1- Proponho que, devido aos seus dotes culinários recém descobertos pela minha pessoa, o nome do seu Blog seja alterado para: "Cinema e Brownie , todo mundo gosta". hahahaha

2 - Coincidência você ter lido isso numa revista hoje, pois hoje mesmo durante a aula assisti a um vídeo da entrevista de um sociólogo Italiano (que agora me foge o nome) que falava exatamente dessa concepção de luxo associada ao tempo livre. Ele propõe o pensamento de que a verdadeira riqueza hoje não é pensar no que fazer no trabalho ou em como melhorar seus métodos e coisas do tipo, mas sim como aproveitar seu tempo livre. Ou seja: Até onde isso tudo vale a pena e te faz feliz?
Passei o resto da noite pensando nisso e por acaso vejo o mesmo assunto aqui. Não podia deixar de dividir com você... rs

Pra variar, como é de costume "Ladeirino" falei demais para um único post. Já tem caracter demais aqui... por isso encerro com esses sete:

Beijos!